quarta-feira, 3 de junho de 2009

A Guerra do Ultramar



Adriano Martins, com 20 anos de idade, foi obrigado pela sua pátria, a partir para Moçambique, para a área perigosa, área de mato.
Adriano teve de guardar os comboios, para não deixar “entrar” material inimigo, como bombas... E escoltava todos os civis até ao seu destino, para não haver contrabandos com o inimigo.
Um dia, coube à sua Companhia ir escoltar carros civis que chegavam a Moçambique. Ele ia com uma rapariga moçambicana ao seu colo e o inimigo mandou uma rajada de tiros, alvejando a rapariga moçambicana, que teve morte imediata, e seu amigo e colega de Companhia, mas Adriano conseguiu reagir, tirando a camisa e embrulhando-o a ela. Assim ajudou a que ele sobrevivesse.
Ao fim de 3 meses, no primeiro pagamento, a Companhia de Adriano estava a guardar os comboios, como num dia normal, e o capitão recebeu a informação de que outra companhia estava a ser atacada. Partiram para auxiliar essa companhia e, quando lá chegaram, havia 13 mortos, Eles conseguiram roubar armas ao inimigo e fazer com que ele saísse dali.
Em 1968, 2 anos depois, regressa à sua Pátria, no cargueiro “Niassa”, mas 3 dias antes de chegar estiveram em alto mar com uma brutal tempestade. Muitos dos soldados partiram braços... E um helicóptero teve de ir buscá-los de emergência.
Mas, por fim, chegou a Lisboa, a 18 de Novembro, com 23 anos.







Cátia Machado